Oscar 2018: A comemoração de 90 anos em grande estilo

Os 90 anos do Oscar foram comemorados ontem em grande estilo. Tendo o objetivo de ser uma cerimônia mais rápida e dinâmica, o espetáculo foi, na verdade, longo o suficiente para dar sono à alguns espectadores que prestavam atenção ao que acontecia ali. Mas a diversão e descontração do espetáculo conseguiu segurar os olhos de quem assistia. Os 90 anos do prêmio mais cobiçado do cinema mundial foram comemorados em uma cerimônia importante para a história da indústria, onde o assédio sexual e representatividade foram amplamente discutidos na frente do mundo inteiro.

Jimmy Kimmel, apresentador do show de ontem, não deixou a desejar. Seus comentários irreverentes, entretanto, não se comparam às apresentações de Ellen Degeneris, que ainda deixa saudades. Jimmy falou sobre representatividade e o escândalo de assédio sexual que assolou Hollywood em 2017. Entretanto, Jimmy perdeu a mão ao anunciar Gal Gadot, que interpreta a Mulher Maravilha no filme que que colocou as mulheres no mapa dos filmes de super-heróis, para apresentar o prêmio de melhor cabelo e maquiagem com um comentário infeliz sobre sua predestinação. Ficou feio, Kimmel.

Por outro lado, os prêmios não decepcionaram. A estatueta de melhor fi

lme foi para casa com a equipe de A Forma D’Água, que, além disso, levou melhor direção de arte e melhor trilha sonora, também. O filme de ficção científica conta a história de amor entre uma mulher surda e uma criatura marítima, e foi considerado pela academia o melhor filme do ano, assim como seu diretor, Guillermo Del Toro, que foi eleito melhor diretor. Dunkirk levou mixagem e edição de som, e Blade Runner 2049 conquistou o prêmio de efeitos visuais e fotografia.

Assim como o público já esperava, Viva – A Vida É Uma Festa, da Disney, foi considerado pela academia a melhor animação do ano, superando Poderoso Chefinho e O Toro Ferdinando. Os prêmios de melhor ator coadjuvante e melhor atriz foram para casa com o elenco de 3 Anúncios Para Um Crime, com Sam Rockwell, como Jason Dixon, e Frances McNormand, que encantou e emocionou o público no papel de Mildred Hayes. Gary Oldman, que deu vida a Winston Churchill em O Destino de Uma Nação, conquistou o prêmio de melhor ator, e o filme conquistou o prêmio de melhor maquiagem. Merecido, apesar de estar concorrendo com Extraordinário, que era o preferido para o prêmio. Por Eu, Tonya, filme que conta a história da patinadora Tonya Harding, a atriz Alisson Janey, famosa por seus papéis de comédia, levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante.

Além disso, o Oscar desse ano marca a presença de filmes inusitados na lista de indicados, contando, também, com filmes de ficção científica entre os favoritos aos prêmios. Guardiões da Galáxia Vol.2 concorreu ao prêmio de efeitos visuais, e, apesar de não ter ganho, abriu espaço para as próximas premiações e novas oportunidades para os filmes desse gênero. Além disso, Corra, um filme de terror, concorreu a melhor filme, e uma história de ficção levou a estatueta para casa.

Em resumo, o Oscar 2018 foi um divisor de águas na história da academia, que agora tem as portas abertas para outros gêneros competirem ativamente nos próximos anos. Talvez as próximas edições tenham mais dos elementos que vimos em 2018. Por enquanto, ficam os parabéns a todos os indicados e ganhadores, e ao Oscar, pelos seus 90 anos de existência