Viva – A Vida É Uma Festa e mais um sucesso da Disney – Pixar
- Culturando
- 12 de mar. de 2018
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O sucesso de Viva – A Vida É Uma Festa nunca foi surpresa para ninguém. Pelo contrário, a mais nova animação da parceria Disney – Pixar estreou nos cinemas de todo o mundo como uma promessa de diversão e uma mensagem emocionante. A história do garoto mexicano Miguel e de sua família chamou a atenção de todos que lotaram as salas de cinema ao redor do mundo por sua simplicidade, sua paixão pela música e determinação. Além da mensagem, o companheirismo familiar as expressivas tradições mexicanas trazem as cores e o dinamismo ao longa metragem premiado.
Ter ganho o Oscar na última premiação não é o maior feito da animação. Seu maior ganho desde sua estreia foi ter passado uma mensagem extraordinária sobre amor, à música e à família. Enquanto Miguel luta pela música, sua família luta pelas tradições e contra um trauma distante, porém extremamente presente de abandono e perda. Entretanto, a mensagem do filme roda em torno do esquecimento, e de como ser esquecido, mesmo depois de já ter passado dessa para melhor, te apaga.
Ernesto de la Cruz, o maior músico mexicano do mundo, morreu após ter sido atingido por um sino, e se tornou a grande inspiração musical de Miguel Rivera, um garoto de uma família de famosos sapateiros em Cecília, no México. Entretanto, a família Rivera não tolera a música, já que o pai de mama Inês, um aspirante a grande músico, deixou a cidade para buscar seus sonhos e nunca mais voltou. Sua mãe, mama Imelda, criou a filha sozinha e baniu todo o tipo de som musical de sua vida, e proibiu que os membros da família ouvissem qualquer tipo de música durante toda a vida. Quando ela faleceu, sua filha e sua neta mantiveram a tradição, que só foi quebrada por Miguel.

O garoto se vicia em música e, após desdobrar uma antiga foto de mama Imelda com sua abuelita, junta dois com dois e faz o que, para ele, seria a descoberta do século: seu tataravô era Ernesto de la Cruz. Eventualmente, Miguel acaba indo parar de penetra no mundo dos mortos, e precisa da benção de algum membro de sua família para voltar. Sua tataravó, naturalmente, concede a benção ao garoto, mas com a condição de nunca mais tocar nenhum instrumento ou ouvir qualquer música novamente. Sem aceitar, Miguel decide procurar por Ernesto, para ter a benção dele e finalmente voltar para casa e se tornar um grande músico.
Enquanto a mensagem parece ser sobre seguir seus sonhos e sobre ter o apoio de sua família para isso, a Disney nos surpreende e nos dá mais um tapa na cara sobre o amor, companheirismo e felicidade. Não é, novamente, um filme para crianças, apesar de atraí-las aos montes para o cinema. Além disso, os números musicais do filme são espetaculares, e só trazem mais vida para a história, e também para as tradições mexicanas. Cômico, não é mesmo? Em um ano onde, nos Estados Unidos, fala-se tanto sobre os estrangeiros, um filme culturalmente mexicano ter chamado tanta atenção. É disso que se fala o cinema: sobre quebrar paradigmas.
Depois de assistir o filme, você naturalmente sente a grande necessidade de se lembrar de todos os que já partiram e dos que ainda estão aqui. A necessidade é válida, e é bom lembrar-se com carinho, como o filme deixa claro: você é lembrado por aquilo que faz enquanto está vivo.
“Lembre de mim Hoje eu tenho que partir Lembre de mim Se esforce pra sorrir
Não importa a distância Nunca vou te esquecer Cantando a nossa música O amor só vai crescer
Lembre de mim Não sei quando vou voltar Lembre de mim Se um violão você escutar
Ele com seu triste canto Te acompanhará E até que eu possa te abraçar Lembre de mim”
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